Letra de Adair De Freitas
Música de Adair De Freitas
Essa milonga campesina que ponteias
nesta guitarra som de sino em catedral,
vai pouco a pouco penetrando em minhas veias
e os versos brotam, feito água em manancial,
Os dedos ágeis na emoção do guitarreiro
abrem porteiras, cruzam cercas nos confins
e vão soltando do sem fim de um labirinto
as ânsias loucas que prendi dentro de mim…
E lá se vão…. e lá se vão….
no rumo às almas que precisam de emoção
essa milonga, esta guitarra, o guitarreiro,
são por certo companheiro – sangue, alma e coração.
Essa milonga quer fazer-me um estradeiro
ou ser posteiro, ter um rancho e me arranchar.
esta guitarra me alucina nos floreios
depois se amansa me pedindo pra cantar…
O guitarreiro que tem alma de madeira
me faz costado pra que eu não saia do tom,
pois no centexto somos loucos milongueiros
e prisioneiros da magia deste som.